Nasce no dia 14 de maio de 1821 em Campodoso di Reno Finalese (Finale Emilia, Módena) - Itália, Ferdinando Maria, o terceiro filho do casal Domingos Baccilieri e de Leonilde Dalla Bona. O pequeno Ferdinando Maria Baccilieri teve sua iniciação religiosa já no dia seguinte com seu batizado na igreja paroquial de Reno Finalese, tendo na convivência familiar, seus primeiros ensinamentos de fé e de partilha. Em 11 de março de 1830, na paróquia de São Vital e Agrícola, recebeu o sacramento da confirmação pelo cardeal Carlos Opizzoni, arcebispo de Bolonha.
Ferdinando fez os estudos primários em casa, com professor particular, mas em 1833, iniciou o curso ginasial no colégio Santa Luzia, dos padres barnabitas. Com a mudança da família para Ferrara, prossegue seus estudos no colégio, recém construído, dos jesuítas, onde sentiu o chamado à vida religiosa e missionária.
Torna-se sacerdote diocesano em 2 de março de 1844. Assume, “a contragosto”, a pequena paróquia de Galeazza em 25 de abril de 1852. Transformou o “contragosto” em amor profundo. Lá reconstruiu a igreja arquitetural e a Igreja “Povo de Deus”, através das numerosas missões populares, incentivava a fraternidade, o serviço, a devoção a Nossa Senhora, por quem era apaixonado, tornando-se fiel terciário da Ordem dos Servos de Maria.
Outra sua grande paixão foi a Eucaristia. Ele dizia: “A Eucaristia é remédio na doença, é nobreza na miséria e é vida na morte”. Gostava também de afirmar: "É preciso trabalhar, não pensar no bem feito, mas naquilo que resta para fazer". Em sua atividade conta com a colaboração de muitas pessoas, dentre elas as jovens que fazem parte da Terceira Ordem dos Servos de Maria, que algum tempo depois, sentem-se animadas a Viver uma vida Fraterna impulsionadas pelo desejo de servir a Cristo e aos irmãos professando os votos de Pobreza, Castidade e Obediência seguindo Cristo, como Maria. Surge assim a Congregação das Irmãs Servas de Maria de Galeazza, em 23 de junho de 1862.
Padre Ferdinando Maria, como reconhecimento ao seu trabalho, teve audiências privadas com dois papas; em 1877 com papa Pio IX e em 1888 com o papa Leão XIII, e sempre sua ação pastoral recebeu elogios pelas autoridades eclesiásticas e cívicas.
Ele viveu o Evangelho por meio do Serviço, da contemplação, da caridade, da sede de Deus, do anseio pelo reino, da abertura a grandes horizontes, da prudência, da simplicidade, da obediência, da humildade, do humorismo, da amizade, da oração profunda, constante e perseverante, do anúncio da Palavra e da escuta de Deus e dos irmãos.
Seu falecimento aconteceu as 4:00h do dia 13 de julho de 1893, em Galeazza, enquanto fazia sua oração matinal “acordando a aurora”(Sl107,3), Deus o chamou para viver a missão sem fim no céu.
A sua obra, fruto da sua docilidade ao Espírito, não morreu. Hoje vive em cinco países como Itália, Alemanha, Brasil, Coréia do Sul e Indonésia
A Igreja reconheceu a sua Santidade e o Papa João Paulo II o declarou bem aventurado no dia 03 de outubro de 1999 na praça de São Pedro Roma.
Sua festa Litúrgica se celebra todo ano no dia 01 de julho.